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Prisma Fiscal revela melhora de percepções do mercado para resultado primário e arrecadação federal em 2024

Prisma Fiscal revela melhora de percepções do mercado para resultado primário e arrecadação federal em 2024

Sistema da SPE que capta expectativas sobre as principais variáveis fiscais brasileiras indica melhoras também nas percepções sobre receita líquida e despesa total

Os agentes de mercado melhoraram perspectivas em relação ao comportamento do resultado primário do Governo Central para 2024, assim como para a arrecadação das receitas federais no período. As novas — e mais otimistas — projeções do setor privado para esses indicadores estão presentes no Relatório do Prisma Fiscal de outubro, divulgado nesta segunda-feira (14/10) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Para o resultado primário do Governo Central, o mercado reduziu a estimativa de déficit para R$ 63,832 bilhões no ano, ante resultado negativo de R$ 66,665 bilhões presente no Prisma anterior. Sobre a arrecadação de receitas federais, a mais recente projeção do setor privado é de R$ 2,644 trilhões no ano (ante R$ 2,633 trilhões, na edição anterior). Houve também ligeira melhora da perspectiva em relação a elevação da receita líquida (perspectiva foi ampliada em R$ 711 milhões em relação à estimativa de setembro, ficando em R$ 2,146 trilhão).

Por outro lado, o mercado piorou a perspectiva para o comportamento da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) para 2024, agora projetada em 78,27% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, ante estimativa de 77,91% presente no Prisma anterior. Também houve ligeira piora na projeção para o resultado nominal do Governo Central para o ano, agora estimado em déficit de R$ 797,507 bilhões para o ano (ante R$ 795,014 bilhões, no Prisma de setembro). Também foi ampliada em R$ 285 milhões a projeção da despesa total do Governo Central em relação a setembro, ou seja, R$ 2,209 bilhões no ano.

Para 2025, o mercado melhorou perspectivas em relação ao resultado primário e receita líquida. Segundo informa o Prisma de outubro, há expectativa de déficit primário de R$ 88,380 bilhões no próximo ano, ante estimativa de resultado negativo de R$ 93,067 bilhões presente no relatório anterior. Para a receita líquida, a mais recente estimativa aponta para resultado de R$ 2,274 trilhões no próximo ano, frente R$ 2,264 trilhões presentes na edição anterior do Prisma. Foi apurada, também, leve melhora de R$ 141 milhões na estimativa de arrecadação das receitas federais em 2025, mantendo a estimativa no patamar de R$ 2,799 trilhões.

Confira o Relatório do Prisma Fiscal de outubro de 2024.

Previsões para outubro

O Prisma Fiscal traz também projeções de curto prazo, com perspectivas para os últimos três meses do ano. Em relação a outubro, os agentes de mercado melhoraram estimativas para a arrecadação das receitas federais, receita líquida e despesa total.

Para este mês, o trabalho da SPE apurou que o mercado aposta em arrecadação de R$ 238,646 bilhões (ante R$ 237,897 bilhões, no Prisma anterior). Para a receita líquida, a mais recente projeção aponta para cifra de R$ 203,744 bilhões (frente R$ 202,744 bilhões, na estimativa apurada em setembro). Já a despesa total foi realinhada para R$ 171,563 bilhões (diante de projeção anterior, de R$ 171,874 bilhões).

Em sentido contrário, houve piora da expectativa relativa ao resultado primário do mês, agora calculado pelos agentes privados em déficit de R$ 32,016 bilhões em outubro (ante estimativa anterior, de resultado negativo R$ 31,500 bilhões para o período, conforme presente no Prisma de setembro).

Prisma Fiscal

O Prisma Fiscal é o sistema de coleta de expectativas de mercado elaborado e gerido pela SPE para acompanhamento da evolução das principais variáveis fiscais brasileiras do ponto de vista de analistas do setor privado. Esse sistema apura, ainda, variáveis auxiliares de atividade econômica, nível geral de preços e mercado de trabalho, itens que geram impactos nas contas públicas e na política fiscal em geral. O relatório do Prisma Fiscal reúne estatísticas das previsões consolidadas das instituições (mediana, média, desvio padrão, mínimo e máximo).

As projeções mensais do relatório — outubro, novembro e dezembro — revelam as expectativas de arrecadação das receitas federais; receita líquida, despesa total, resultado primário e resultado nominal do Governo Central; Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC); taxa de desemprego e população ocupada.

Já no que diz respeito às projeções anuais, o relatório apresenta as previsões relativas a 2024 e 2025 para as variáveis mencionadas nas projeções mensais, além de Dívida Bruta do Governo Central (DBGG), deflator e PIB nominal.

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