Carregando...

Acompanhe as últimas notícias sobre contabilidade nas principais áreas.

Redução de IPI de concentrados de refrigerantes deverá ser judicializada

Redução de IPI de concentrados de refrigerantes deverá ser judicializada

Medida elimina o incentivo para a Zona Franca de Manaus nesse setor

A redução a zero do IPI para os concentrados de refrigerantes, que elimina o incentivo para a Zona Franca de Manaus nesse setor, deverá ser judicializada. O vice-presidente do Congresso, deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), disse ao JOTA que, ao zerar a alíquota do tributo (que estava em 6%), foi ferida a exigência constitucional de que a Zona Franca tenha “vantagens comparativas” em relação a outras regiões.

“Produzir concentrado dentro e fora da Zona Franca de Manaus não pode custar a mesma coisa”, disse o parlamentar, que faz oposição ao governo.

O deputado afirmou que também deverá ser judicializada a redução geral de IPI, que teve duas rodadas. “A diferença é que, nesse caso, podem argumentar que a vantagem diminuiu, mas não acabou. Mas o STF já entendeu que as vantagens precisam ser suficientes para ser favorável a implantação em Manaus”, explicou Ramos.

A decisão de ampliar de 25% para 35% a desoneração do IPI foi formalizada na quinta-feira (28/4). Essa segunda rodada poupou 76% da Zona Franca, deixando de fora setores como motocicletas, entre vários outros.

A nova redução, que eleva a renúncia fiscal para mais de R$ 23 bilhões neste ano, também foi criticada pelos governos estaduais. O comitê de secretários estaduais de Fazenda (Comsefaz) divulgou nota nesta sexta-feira (29/4) criticando a medida.

“A redução do IPI realizada em fevereiro deste ano não impactou os preços finais dos produtos e os consumidores continuaram pagando mais caro, como apontaram os indicadores de inflação anunciado pelo IBGE no dia 08 de abril. Na época, o Comsefaz se manifestou sobre a medida e publicou um levantamento demonstrando que a redução do IPI gera, aproximadamente, um impacto fiscal de R$ 19,1 bilhões no total para União e Estados, considerando a previsão de arrecadação do imposto da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2022”, diz o texto divulgado.

CNI elogia medida

Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elogiou a medida. “A desoneração se contrapõe às pressões inflacionárias que a indústria vem sofrendo e beneficia consumidores e todos os setores produtivos, além de aumentar a atratividade de investimentos na indústria brasileira”, afirmou, em nota, o presidente da entidade, Robson Andrade.

A CNI lembra que a carga tributária da indústria de transformação é de 46,2% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a média da economia está em 25,2%.

“Diante disso, com a redução do IPI, o peso dos impostos no setor, que é o mais tributado da economia, será menor. Também devem ser beneficiados o comércio, que revende os produtos industriais, e os demais segmentos do setor de serviços e a agropecuária que usam produtos da indústria nos seus processos produtivos”, diz o texto.

Na entrevista coletiva para explicar a medida, a secretária especial de emprego e competitividade do Ministério da Economia, Daniela Marques, disse que, em 15 anos, isso gerará mais de R$ 530 bilhões em investimentos e vai promover redução de preços e geração de empregos.

×

Atendimento WhatsApp

× Como posso lhe ajudar?