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Mulheres ganham menos que homens em 82% das áreas de atuação, aponta IBGE

Mulheres ganham menos que homens em 82% das áreas de atuação, aponta IBGE

Salário médio das mulheres foi 17% menor que o dos homens, segundo levantamento do instituto, feito com base no Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) de 2022

Em 82% das principais áreas de atuação no Brasil, as mulheres receberam salários menores que os homens no ano de 2022. É o que informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE), nesta quinta-feira, acrescentando que elas ganhavam salários médios iguais ou maiores que os dos homens em apenas 63 das 357 áreas de atuação com números disponíveis para análise, o equivalente a 18%.

lgumas das atividades com maior presença feminina no Brasil, como Saúde, Educação e Artes, cultura, esporte e recreação, inclusive, registraram salários médios menores para elas do que para eles.

De acordo com o levantamento do IBGE referente a 2022, na área de Saúde humana e serviços sociais, as mulheres eram 226.692 e ganharam um salário médio de R$ 2.514,52, enquanto os homens eram 181.362 e ganharam um salário médio de R$ 2.926,35.

Já na área de Educação infantil e ensino fundamental, as mulheres eram mais de 2,3 milhões e ganharam um salário médio de R$ 3.932,52, enquanto os homens eram cerca de 1,1 milhão e ganharam um salário médio de R$ 4.845,77.

No grupo de Artes, cultura, esporte e recreação, as mulheres eram 173.653 e ganharam um salário médio de R$ 2.470,35, enquanto os homens eram 78.514 e ganharam um salário médio de R$ 2.603,15.

O salário médio das mulheres foi de R$ 3.241,18 em 2022, 17% menor que o dos homens, de R$ 3.791,58.

O levantamento foi feito com base no Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) de 2022, que reúne dados de empresas e seus empregados, inclusive salários, excluindo apenas os empresários enquadrados como Microempreendedor Individual (MEI).

O IBGE reuniu os salários do pessoal ocupado assalariado das empresas de cada área de atuação, separando por gênero, e calculou a média salarial de cada um.

A área de atuação com a maior diferença salarial foi a de fabricação de mídias virgens, magnéticas e ópticas, com homens ganhando R$ 7.509,33, enquanto mulheres ganharam R$ 1.834,09, um valor 309,4% menor.

Já a área em que as mulheres ganharam mais, com a maior diferença, foi em organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais. Nessa área, mulheres receberam salários médios 47,7% maiores que o dos homens: elas ganharam R$ 9.018,70 e eles, R$ 4.717,09.

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