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Entenda o que é câmbio e sua influência no mercado

Entenda o que é câmbio e sua influência no mercado

Você sabe o que é câmbio? O câmbio é um importante indicador econômico para o país, e principalmente para a sua empresa.

Você sabe o que é câmbio? O câmbio é um importante indicador econômico para o país, e principalmente para a sua empresa.

Por isso, é muito importante que os empreendedores entendam como funciona o mecanismo de troca de moedas entre diferentes países e as ferramentas usadas pelo Banco Central para atuar neste mercado.

Neste conteúdo, você vai aprender o que é câmbio para além da cotação que você provavelmente escuta todos os dias. Vamos lá?

O que é câmbio

Câmbio é o termo usado para a troca entre duas moedas diferentes. O termo é utilizado, principalmente, para operações entre moedas de diferentes países.

Ele não se refere apenas ao ato de trocar moedas, mas, também, da quantidade necessária de dinheiro local para comprar dinheiro de outros países. Essa é chamada taxa de câmbio.

Por exemplo: se a taxa de câmbio do real em relação ao dólar é de R$5,00, isso significa que você precisa de 5 unidades monetárias brasileiras (5 reais) para comprar uma única unidade monetária dos Estados Unidos (1 dólar).

O dólar americano é a moeda de referência no mercado internacional. Ele representa quase 70% das transações internacionais no mundo inteiro. Mesmo assim, podemos falar de taxa de câmbio em relação a outras moedas, como o euro, libra esterlina ou qualquer outra.

Em cada uma das taxas, será expressa a quantidade de reais necessária para comprar uma única unidade monetária de cada um desses países ou regiões.

Tipos de regimes cambiais

Regime cambial é o termo que se dá à regra estabelecida pelo Banco Central do Brasil (BCB), em relação à troca de moedas entre moradores e não-moradores do país. Vale lembrar que o BCB é o órgão responsável por zelar pelo valor da nossa moeda em relação às demais.

Câmbio de Flutuação Administrada

É o regime cambial mais comum no Brasil. Nele, o Banco Central permite que o real perca ou ganhe valor em relação às demais moedas a partir do funcionamento do mercado. Ou seja, se muitas pessoas compram dólar, o valor da moeda norte-americana em relação ao real deve aumentar.

No entanto, neste tipo de regime, o BCB acaba administrando a taxa sempre que ela apresenta uma variação muito intensa.

Suponha que o dólar dos Estados Unidos deixe de ser cotado a R$5,00 e salte para R$6,00 em poucos dias. Com o objetivo de evitar essa forte valorização do dólar, o Banco Central começa a vender dólares no mercado, o que deve fazer com que o preço do dólar volte a cair ou apresente estabilidade.

O mesmo é válido para casos de forte valorização do real, onde o dólar deixe de ser cotado a R$5,00 e caia para R$4,00. Neste caso, o Bacen passa a comprar dólares do mercado, a fim de fazer subir o valor da moeda em relação ao real. Este é o regime cambial em uso no Brasil desde 1999.

Câmbio Flutuante

No regime de câmbio flutuante, não há nenhum tipo de intervenção do Estado e a cotação da moeda obedece somente aos desejos do mercado, diferente do regime de câmbio de flutuação administrada.

Câmbio Fixo

No regime de câmbio fixo, o Banco Central atua no mercado de forma a manter a taxa de câmbio do real em relação ao dólar ou qualquer outra moeda de referência sem variações. Utilizando o exemplo acima, a cotação se manteria sempre em R$5,00.

Câmbio Misto

Por fim, o regime de câmbio misto prevê alguma variação no preço da moeda em relação às demais, mas dentro de uma banda estipulada pela autoridade monetária.

Ou seja, pode se estabelecer uma banda cambial entre R$4,50 e R$5,50 e, enquanto a cotação estiver nesses níveis, o Banco Central não interfere. Mas, caso ultrapasse esses limites, ele atua comprando ou vendendo moedas.

Qual o papel do câmbio na economia?

Na década de 1970 e em boa parte das décadas seguintes, a falta de dólares no país era extremamente grave, o que acabou resultando em prejuízos na economia do Brasil. Mas, se tratava de um cenário muito distinto do que temos hoje.

Apesar de termos uma situação muito mais confortável, a taxa de câmbio ainda é muito relevante para a nossa economia.

Quando o preço do dólar sobe, dizemos que houve uma desvalorização cambial. Dependendo do grau dessa desvalorização, isso pode acarretar diversos problemas que impactam o nosso dia a dia, como o aumento da inflação, por exemplo.

Uma parte importante do que consumimos tem origem do exterior. Logo, quando há uma desvalorização da nossa moeda, é o mesmo que dizer que houve aumento de custo. Esse aumento de custo é repassado para o consumidor final.

Isso acontece também com o câmbio mais valorizado, ou seja, o real mais forte em relação ao dólar americano. O fenômeno ajuda a diminuir efeitos inflacionários no Brasil, uma vez que haverá diminuição de custos e isso pode ser repassado ao consumidor final.

A mudança no câmbio exerce diversos impactos sobre a economia. Contudo, este indicador sobre os preços é um dos que mais nos interessa, especialmente porque ele impacta diretamente as nossas vidas.

Leia também: como reduzir custos na empresa

Como o câmbio impacta a sua empresa?

Você aprendeu que o Banco Central do Brasil usa o regime cambial de flutuação administrada e, que em momentos de maior estresse no mercado, ele acaba atuando de modo a diminuir a volatilidade neste mercado.

Quando o dólar assume um claro movimento de valorização em relação à nossa moeda, o Bacen pode atuar de diversas formas para corrigir este problema. E uma delas está ligada à taxa de juros.

Se muitos dólares estão deixando o país, uma forma de conter essa saída pode ser o aumento da taxa de juros dos títulos públicos. Se o Banco Central aumentar o rendimento dos títulos públicos, mais investidores estrangeiros podem optar em investir no Brasil, trazendo mais dólares ao país.

Essa entrada de dólares no Brasil pode reverter essa tendência de alta da moeda dos Estados Unidos em relação ao real, mas, a um custo do encarecimento do crédito no nosso país. Afinal de contas, se a Selic aumenta, os custos dos empréstimos junto aos bancos também.

Logo, mesmo que a sua empresa não atue com produtos ou serviços importados, você poderá sentir a influência do câmbio na sua estrutura de custos. Seja com aumentos de preços indiretos ou com o encarecimento de um eventual custo com empréstimos.

Neste caso, existem alternativas no mercado, como as fintechs, que garantem um processo de tomada de empréstimos empresariais com melhores condições. Isso porque o procedimento é feito online, com menos burocracia que os bancos tradicionais, e todas as taxas são dispostas em uma simulação de crédito PJ, para que a empresa possa se programar tranquilamente.

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